quarta-feira, 8 de março de 2017

Imitação de Cristo por Tomás de Kempis - Capítulo 14

Nós próximos dias iremos postar aqui no #blogVCD um excelente livro para quem busca maturidade e para mim é como um verdadeiro manual de espiritualidade. Gostaria de salientar que apesar do livro conter doutrinas e conceitos anti-bíblicos e ser de um católico, seguimos aquele princípio de reter oque é bom.





Que se há de evitar o juízo temerário


1. Põe os olhos em ti e guarda-te de julgar as ações alheias. Julgando os outros o homem trabalha em vão, erra o mais das vezes e facilmente peca; julgando e examinando a si mesmo trabalha sempre com proveito. 

Julgamos freqüentemente das coisas conforme nos falam ao coração; porque o amor próprio turva facilmente a verdade dos nossos juízos. Se Deus fora sempre o único objeto de nossos desejos não nos perturbaríamos tão depressa quando contrariam a nossa vontade.


2. Há porém muitas vezes alguma razão oculta ou algum motivo externo que também em nós influi. Muitos, no que fazem, buscam secretamente a si mesmos, sem o saber. Parecem também estar em perfeita paz quando as coisas lhes correm à medida dos desejos; mal, porém, lhes não sucedem à vontade logo se perturbam e entristecem. 

Por causa da diversidade de sentimentos e opiniões, nascem freqüentes discórdias entre amigos e vizinhos, entre religiosos e pessoas piedosas.

3. É coisa difícil deixar um costume antigo e ninguém de boa mente renuncia ao seu modo de ver. Se confias mais em tua razão e habilidade do que na virtude que nos submete a Jesus Cristo, tarde e raras vezes terá a alma iluminada; Deus quer que a Ele nos sujeitemos perfeitamente, e, inflamados no seu amor, nos elevemos acima de toda a razão humana.

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