segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Estudo Bíblico - Evangelho de João



Introdução - Apresentação e Contextos Históricos


Por que existem quatro relatos diferentes para o mesmo Evangelho?


Cada autor escreveu para um público diferente para apresentar uma perspectiva diferente sobre quem era Jesus Cristo e o que ele fez durante o seu ministério. Juntos, eles se complementam e fazem justiça às Boas Novas de salvação em Jesus.



Por que a #
EquipeVCD está destacando o estudo do relato segundo João?



O Quarto Evangelho apresenta a natureza divina de Jesus Cristo. Os escritos segundo Mateus, Marcos e Lucas - chamados de Evangelhos sinóticos por apresentarem uma perspectiva histórica e cronológica - são focados na pessoa de Jesus como Messias, Servo e Homem, respectivamente. Cremos que o mais importante para uma pessoa é ter “tatuado” em sua mente e coração “que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (20:31).




Em que contexto o Evangelho segundo João foi escrito e o que eu preciso saber antes de começar o estudo?

O Autor: João era irmão de Tiago e filho de Zebedeu. Inicialmente, era discípulo de João Batista, até que foi chamado pelo Mestre para segui-lo em seu ministério público (1:19-51). “O discípulo a quem Jesus amava” (13:23 / 19:26 / 20:2 / 21:7) foi testemunha ocular dos eventos por ele descritos (1:14 / 19:35). Juntamente com Pedro e Tiago, fazia parte do círculo mais próximo de discípulos de Jesus. Como testemunha ocular do Senhor que sobreviveu, João é o autor do Evangelho, das três cartas e do Apocalipse. (21:20-24).

A Época: Segundo historiadores, João escreveu o Evangelho em Éfeso.

A Missão: O propósito de João é mostrar Jesus em sua divindade de forma bem simples e todo o relato gira em torno das sete afirmações “Eu Sou” de Cristo e dos sete milagres realizados por Ele.

As Sete Afirmações: “EU SOU O PÃO DA VIDA” (6:35-48); “EU SOU A LUZ DO MUNDO” (8:12; 9:5); “EU SOU A PORTA” (10:7,9); “EU SOU O BOM PASTOR” (10:11-14); “EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA” (11:25); “EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA” (14:6) e “EU SOU A VIDEIRA VERDADEIRA” (15:1-5). Em algumas ocasiões, Jesus utiliza a expressão “EU SOU”, ou “Javé”, do Antigo Testamento (4:25-26; 13:19; 18;5-6). Por isso os religiosos o odiavam tanto.
Algumas das afirmações mais inegáveis de que Jesus é Deus:

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, E O VERBO ERA DEUS” (1:1);
“Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, EU SOU” (8:58);
“Eu e o Pai SOMOS UM” (10:30);
“Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais, mas vós me vereis; PORQUE EU VIVO, e vós vivereis” (14:19)
“Tomé respondeu e disse-lhe: SENHOR MEU E DEUS MEU!” (20:28).

Os Sete Milagres ou Sete Sinais: foram escolhidos meticulosamente pelo autor dentre muitos outros (21:25) e simbolizam o resultado da mudança de vida quando se crê em Jesus:

#01 - Cristo transforma água em vinho (2:1-10) - O ritual da lei é substituído pela realidade da Graça;
#02 - Cristo cura o filho do oficial do rei (4:46-54) - O Evangelho traz restauração espiritual;
#03 - Cristo cura o paralítico (5:1-9) - A fraqueza é substituída pela força;
#04 - Cristo alimenta 5000 pessoas (6:1-14) - Só Jesus satisfaz a fome espiritual;
#05 - Cristo anda sobre as águas (6:15-21) - O Senhor transforma o medo em fé;
#06 - Cristo cura um cego (9:1-41) - Jesus supera as trevas e traz luz;
#07 - Cristo ressuscita Lázaro (11:1-44) - O Evangelho traz a pessoa da morte para a vida.

O propósito: O quarto evangelho traz a afirmação mais profunda, clara e específica das Escritura Sagradas:

“Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (20:31)

Podemos dividir o propósito em partes: criar uma convicção intelectual no leitor (“para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus”) e espiritual (“para que, crendo, tenhais vida em Seu nome”). A palavra chave aqui é CRER. A reação à fé no Filho de Deus é a vida eterna; ao passo que a descrença traz condenação (3:36; 5:24-29; 10:27-29).

Mensagem Central: A salvação é um dom de Deus e obtida somente através da fé. Isso está bem relatado no capítulo 3 - a conversa com Nicodemos e o testemunho de João Batista enfatizam que somente o “nascer de novo” é o caminho para encontrar o “Reino de Deus”.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (3:16).



O Evangelho segundo João pode ser dividido em cinco partes principais:


#01 - Encarnação do Filho de Deus (1:1-19): É, ao mesmo tempo, uma apresentação e um resumo do ministério de Cristo. Fala da sua natureza, apresenta João Batista como o preparador do caminho, esclarece a missão, aceitação e rejeição do Messias.

#02 - Apresentação do Filho de Deus (1:19 - 4:54): Jesus é avaliado por todo o Israel, após ser apresentado por João Batista. Os primeiros discípulos começam a seguir o Messias. Cristo vai à Galileia, onde realiza seu primeiro milagre, Judeia, Samaria; ao retornar à Galileia, é recebido pelos galileus e opera seu segundo sinal.


#03 - Oposição ao Filho de Deus (5:1 - 12:50): “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (1:11). Aqui são relatadas crenças e oposições ao ministerio e divindade de Jesus nas festas em Jerusalém, na Páscoa, na Festa dos Tabernáculos e na Festa da Dedicação. Começam os confrontos com os religiosos e a crucificação é anunciada (2:4,21,22; 7:6,39; 11:51-52; 12:16).

#04 - Preparação dos Discípulos pelo Filho de Deus (13:1 - 17:26): Começa a revelação do Reino de Deus aos discípulos temerosos e confusos para que se tornem aptos a levar a mensagem do Evangelho após a morte e ressurreição do Mestre. Temas como serviço, amor, perseverança e o derramamento do Espírito Santo são desenvolvidos. A oração mais linda é relatada: a de Jesus pelos seus discípulos e por todos os que creem nele.

#05 - Crucificação e Ressurreição do Filho de Deus (18:1 - 21:25): Prisão e julgamentos perante as autoridades judaicas e romanas; A crucificação é descrita com detalhes impressionantes da testemunha que ouviu do Mestre “Eis aí a tua mãe” (19:26-27) em um dos momentos finais do sofrimento do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (1:29). Relatos sucintos das aparições após a ressurreição também são registrados. A identidade do “discípulo a quem Jesus amava” é revelada (21:24).


Que o Espírito Santo de Deus nos guie durante todo esse estudo, trazendo a sabedoria que vem do Alto para que nenhuma heresia ou distorção venha permear nossas mentes e corações. Amém!

1 comentários:

  1. Ninguém chutar um cachorro morto um medindo um morador de rua se estão incomoda é porque lá sim tem o poder de Deus sim é como tem

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