quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Imitação de Cristo por Tomás de Kempis - Capítulo 01

Nós próximos dias iremos postar aqui no #blogVCD um excelente livro para quem busca maturidade e para mim é como um verdadeiro manual de espiritualidade. Gostaria de salientar que apesar do livro conter doutrinas e conceitos anti-bíblicos e ser de um católico, seguimos aquele princípio de reter oque é bom.




1. Quem me segue não anda em trevas (S. João, VIII, 12). Com estas palavras exorta-nos Cristo a que lhe imitemos a vida e os costumes, se verdadeiramente queremos ser iluminados e livres de toda a cegueira do coração. Meditar na vida de Jesus Cristo seja, pois, a nossa maior solicitude.

2. A doutrina de Cristo sobreleva toda a doutrina dos santos, e quem tiver o Espírito encontrará o maná que nela está escondido. Quem quer, porém, entender e saborear toda a plenitude das palavras de Cristo deve esforçar-se por moldar nEle toda a própria vida.

3. Que te aproveita discorrer profundamente sobre a Santíssima Trindade, se não és humilde e, por isso, à Trindade desagradas? Em verdade as palavras sublimes não fazem o homem santo e justo; é a vida pura que o torna querido de Deus. Prefiro sentir compunção a saber-lhe a definição. Se souberas toda a Bíblia de cor e todas as máximas dos filósofos, que te aproveitaria tudo isto sem o amor e a graça de Deus? Vaidade das vaidades é tudo vaidade, (Eccles. I, 12), exceto amar a Deus e só a Ele servir. A suprema sabedoria consiste em tender para o reino do Céu pelo desprezo do mundo.

4. Vaidade, pois, amontoar riquezas caducas e nelas pôr a sua confiança. Vaidade ainda, ambicionar honras e guindar-se a altas posições. Vaidade, seguir os apetites da carne e desejar o que mais tarde será gravemente punido. Vaidade, desejar viver muito e descuidar viver bem. Vaidade, preocupar-se só da vida presente e não prever a futura. Vaidade, amar o que tão vertiginosamente passa e não demandar pressuroso a alegria que sempre dura.

5. Lembra-te amiúde daquela sentença do Sábio: Não se fartam os olhos de ver nem os ouvidos de ouvir (Eccles. I, 8). Aplica-te, pois, a desapegar o teu coração do amor das cousas visíveis para transportá-lo às invisíveis, porque os que se deixam levar pela própria sensualidade mancham a consciência e perdem a graça de Deus.




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